APÓS SETE ANOS, JOÃO LYRA NETO ASSUME ESTADO NESTA SEXTA

A posse de Lyra é acompanhada com expectativa quanto ao engajamento do futuro governador na campanha do secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB). O vice-governador tinha a expectativa de ser o escolhido para disputar a sucessão estadual, mas foi preterido porque Campos procurava um candidato que pudesse assumir melhor o perfil da “nova política”, slogan que guiará a campanha presidencial.
Por duas vezes, João Lyra comandou gestões como prefeito de Caruaru. Ocupou o cargo entre os anos de 1989 e 1992, como integrante do PMDB, e entre 1997 e 2000, no PSB. Entre as duas gestões, ele foi deputado estadual, já no PSB, entre 1994 e 1996; quando foi vice-líder do terceiro governo Miguel Arraes (PSB).
Depois de ter voltado à Prefeitura de Caruaru, João Lyra teve rápidas passagens pelo PPS e pelo PT. Em 2005, filiou-se ao PDT, partido pelo qual disputou a vice-governadoria na chapa de Eduardo Campos. Ele voltaria ao PSB em outubro do ano passado, depois de ter rompido com o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT) e em meio a tentativa de se viabilizar como sucessor de Campos.

Por influência da família, o futuro governador de Pernambuco esteve sempre ligado à política e à Frente Popular. Nos anos 60, já participava do movimento estudantil da Faculdade de Direito do Recife (FDR). Nas décadas seguintes, integrou o movimento contra o Regime Militar e pelas Diretas Já.
Por outro lado, demorou a se candidatar por ter assumido os negócios da família desde os 20 anos. O pai caminhoneiro deu início ao trabalho com transportes. Hoje, a família é dona da empresa Caruaruense, administrada por uma das filhas do vice-governador, Nara.
João, que é casado com Leila Lyra, ainda teve outras duas meninas: a médica Paula e a procuradora Raquel, que ocupa o cargo de deputada estadual e deve ser uma das articuladoras do novo governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Como vice de Eduardo Campos, a principal missão de João Lyra foi comandar a secretária estadual da Saúde, cargo que assumiu em 2008 e manteve até 2010, quando se desincompatibilizou para disputar a reeleição. Lá, foi responsável pela mudança no modelo de gestão e pela criação da rede de UPAs.
João Lyra Neto vai comandar o Estado durante nove meses. Publicamente, promete uma gestão de continuidade.
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