A informação foi destaque do jornal Folha de S. Paulo de domingo (5), mas já era ventilada no estado desde que Campos começou a trilhar o caminho de sua candidatura ao Palácio do Planalto.
De perfil discreto, a primeira-dama não gosta de dar entrevista e prefere não criar polêmicas. Aliados próximos ao governador, porém, descrevem a mulher de Campos como atuante nos bastidores e conselheira do marido. Renata Campos é economista e funcionária pública do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE). Quando o marido assumiu o governo, ela foi cedida à administração estadual, onde passou a comandar o programa “Mãe Coruja”, destinado a grávidas pobres.
A mulher do governador seria a escolhida por ele para herdar o espólio eleitoral da família na Câmara Federal. Há quase 30 anos, a família Arraes tem representante no Congresso Nacional. O ex-governador Miguel Arraes, avô de Eduardo, foi eleito deputado federal três vezes, a exemplo do neto. A eleição de Renata garantiria os votos em “casa” e daria apoio decisivo ao marido na eleição de 2014, pleito que ele pode disputar a eleição presidencial.
“Não seria estranho o governador apresentar a mulher como candidata. A relação familiar não foi impedimento para uma experiência ocorrida recentemente (as eleições de Ana Arraes)”, disse Túlio Velho Barreto, cientista político da Fundação Joaquim Nabuco. Barreto, contudo, diz acreditar que o governador ainda deverá calcular o impacto que a indicação da mulher e prováveis acusações de “nepotismo” e “coronelismo” terão sobre o seu voo nacional.
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