quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Paulo aos apóstolos


Da coluna de Marisa Gibson, nesta quarta-feira no DIARIO
Mais ajustes - Os próximos 60 dias, segundo quem entende das contas estaduais, são os mais difíceis do ano, com menos dinheiro entrando em caixa. Diante disso, o governador Paulo Câmara marcou para esta sexta-feira reunião com todo o secretariado, a segunda após a sua posse, para analisar o cenário econômico do país e suas repercussões fiscais e financeiras sobre as contas do governo do estado.
Não é segredo pra ninguém que a arrecadação despencou e as despesas com pessoal, mesmo sem ter havido reajustes salariais, continuam crescendo. É, portanto, uma conta que não tem como bater.
Paulo vai, mais uma vez, alertar sua equipe sobre  a gravidade da situação e pedir novo esforço para cortar as despesas de custeio da máquina, tendo como foco, sobretudo, os próximos 60 dias.
Agora, coincidência ou não, a reunião do governador com o secretariado será quase na mesma hora em que a presidente Dilma Rousseff, apontada como a responsável pelo cenário de crise do país, estará chegando a Pernambuco, com uma agenda claramente política, como comprova a bem construída retórica petista: “A presidente está disposta  a reconquistar o coração dos pernambucanos e inaugurar um novo ciclo do seu segundo mandato”.
Agora, esse novo ciclo é o que, de fato, mais interessa. Tanto é assim que foi articulado pelo ministro Armando Monteiro Neto (PTB) um encontro, no Recife, da presidente com  empresários, cujas entidades representativas já expressaram em notas o descontentamento com a continuidade da crise, ao mesmo tempo em que conclamaram uma união política. Bem, essa é a terceira visita que Dilma faz a Pernambuco, neste ano, havendo, porém, um descompasso de sua agenda em relação às reivindicações do estado e do Nordeste.
Mas, Humberto Costa, líder do PT no Senado, salienta: “Estamos atentos às queixas, mas sentimos que os nordestinos, os pernambucanos cobram uma reaproximação da presidente e é isso que ela quer fazer, retomar o terreno perdido”. 

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